Mossoró, novembro de 2007, a segunda maior cidade do Estado assiste atônita, numa véspera de feriado (era 14 de novembro), a maior devassa já realizada na centenária história da Câmara Municipal. Era a "Operação Sal Grosso".
Duas operações comandadas pelo Ministério Público com efeitos devastadores nas duas maiores cidades do Rio Grande do Norte. Se na capital tratou-se de recebimento de propinas interceptadas por escutas telefônicas, em Mossoró a situação é bem mais complexa por se tratar de investigações sobre fraudes em prestações de contas, pagamentos de diárias, uso da verba de gabinete e em empréstimos consignados.
Com a condenação na semana passada de 16 dos 21 denunciados pela "Operação Impacto", aumentou em Mossoró a expectativa de que a "Operação Sal Grosso" tenha resultado divulgado. Um dos fatores para isso é a proximidade entre os dois eventos, separados apenas por quatro meses.
Na esfera criminal o processo já está concluído para sentença, mas o juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Mossoró, Cláudio Mendes, ainda não definiu uma data para o veredicto.
Dos 13 edis eleitos em 2004, sete viram capital eleitoral diminuir em 2008
O resultado da "Operação Sal Grosso" foi divulgado em 29 de setembro de 2008, a segunda-feira que antecedeu às eleições daquele ano na qual praticamente todos os vereadores da legislatura 2005/2009 tentaram a reeleição.
Naquela semana o estrago foi grande. Naquele pleito apenas Renato Fernandes (PR), que disputava a eleição para prefeito, não tentou renovar o mandato.
Dos 13 que tentaram voltar à Câmara Municipal (a contagem inclui Cícera Nogueira que substituiu Renato Fernandes que passou um ano e meio na direção da Codern), apenas quatro saíram vitoriosos das urnas: Daniel Gomes (PMDB), Claudionor dos Santos (que era filiado ao PDT e ano passado migrou para o PMDB), Francisco José Júnior (que saiu em 2011 do PMN para o PSD) e Chico da Prefeitura (DEM). Destes apenas os dois primeiros conseguiram ampliar a votação num comparativo com 2004.
Dos não-reeleitos apenas Manoel Bezerra (DEM), que acabou assumindo o mandato devido a morte de Niná Rebouças em 2010, sargento Osnildo (PSL, hoje membro do DEM), Aluízio Feitosa (que trocou o PDT pelo PMDB) e Cícera Nogueira (que trocou o PSB pelo PSD) ampliaram as votações entre 2004 e 2008.
Ao contrário do que chegou até a ser divulgado, a maioria dos vereadores teve votações reduzidas. O placar é de sete a seis.
*Omossoroensse
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