Natal,
julho de 2007, a capital do Rio Grande do Norte para por conta da
"Operação Impacto" que investiga esquema de propina para derrubada de
vetos ao Plano Diretor assinados pelo então prefeito Carlos Eduardo
Alves, a época filiado ao PSB.
Mossoró, novembro de 2007, a segunda maior cidade do Estado assiste
atônita, numa véspera de feriado (era 14 de novembro), a maior devassa
já realizada na centenária história da Câmara Municipal. Era a "Operação
Sal Grosso".
Duas operações comandadas pelo Ministério Público com
efeitos devastadores nas duas maiores cidades do Rio Grande do Norte. Se
na capital tratou-se de recebimento de propinas interceptadas por
escutas telefônicas, em Mossoró a situação é bem mais complexa por se
tratar de investigações sobre fraudes em prestações de contas,
pagamentos de diárias, uso da verba de gabinete e em empréstimos
consignados.
Com a condenação na semana passada de 16 dos 21
denunciados pela "Operação Impacto", aumentou em Mossoró a expectativa
de que a "Operação Sal Grosso" tenha resultado divulgado. Um dos fatores
para isso é a proximidade entre os dois eventos, separados apenas por
quatro meses.
Na esfera criminal o processo já está concluído para
sentença, mas o juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Mossoró, Cláudio
Mendes, ainda não definiu uma data para o veredicto.
Dos 13 edis eleitos em 2004, sete viram capital eleitoral diminuir em 2008
O resultado da "Operação Sal Grosso" foi divulgado em 29 de setembro
de 2008, a segunda-feira que antecedeu às eleições daquele ano na qual
praticamente todos os vereadores da legislatura 2005/2009 tentaram a
reeleição.
Naquela semana o estrago foi grande. Naquele pleito apenas
Renato Fernandes (PR), que disputava a eleição para prefeito, não
tentou renovar o mandato.
Dos 13 que tentaram voltar à Câmara
Municipal (a contagem inclui Cícera Nogueira que substituiu Renato
Fernandes que passou um ano e meio na direção da Codern), apenas quatro
saíram vitoriosos das urnas: Daniel Gomes (PMDB), Claudionor dos Santos
(que era filiado ao PDT e ano passado migrou para o PMDB), Francisco
José Júnior (que saiu em 2011 do PMN para o PSD) e Chico da Prefeitura
(DEM). Destes apenas os dois primeiros conseguiram ampliar a votação num
comparativo com 2004.
Dos não-reeleitos apenas Manoel Bezerra (DEM),
que acabou assumindo o mandato devido a morte de Niná Rebouças em 2010,
sargento Osnildo (PSL, hoje membro do DEM), Aluízio Feitosa (que trocou
o PDT pelo PMDB) e Cícera Nogueira (que trocou o PSB pelo PSD)
ampliaram as votações entre 2004 e 2008.
Ao contrário do que chegou até a ser divulgado, a maioria dos vereadores teve votações reduzidas. O placar é de sete a seis.
*Omossoroensse
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